Uma instalação sonora tem chamado a atenção de quem caminha pela orla do Campus do Gragoatá, da Universidade Federal Fluminense. Concebida pelo professor Tato Taborda e montada com auxílio dos alunos da disciplina “Manipulação Expressiva de Ritmos e Sonoridades”, da graduação em Artes, a instalação Pé-de-mar foi montada em uma bela amendoeira, próxima ao novo prédio do Instituto de Arte e Comunicação Social.
Tubos foram presos à árvore, descendo pela extensão de seu tronco até o mar, onde estão mergulhados como se fossem raízes. O som emitido pela instalação é ativado pelo movimento das correntes marinhas, que deslocam uma coluna de ar dentro dos tubos. Na extremidade oposta dos tubos, pendurados nos galhos, estão pequenos apitos que recebem o ar e emitem sibilos, atraindo pássaros que se aproximam, curiosos.
Pé-de-Mar é a primeira das quatro instalações previstas para serem montadas em árvores na orla do Gragoatá, como parte do projeto “Quatro propostas para uma botânica ficcional”. O objetivo é provocar reflexões a respeito da interação entre a arte e o meio ambiente, assim como integrar a ação humana e as forças da natureza em sua dinâmica de funcionamento.
O conjunto completo será composto pelas instalações:
1) “Pé-de-mar” (Sibilodendra maritimus): Instalação sonora tocada pelo movimento das ondas.
2) Pé-de-vento (Aeoliodendra yanomamius): Instalação sonora tocada pelo vento e pelo ar em movimento.
3)“Pé-de-sol” (Heliodendra bahiensis): Instalação sonora ativada pela luz solar.
4) “Pé-de-céu” (ainda sem nome científico).